domingo, 31 de maio de 2009

"Lignes et Lumières"

Vista externa da Orangerie no Jardim de Luxemburgo.

"Composition verticale sans fin" exaltada pela luz.

Nem tudo é instalação. Isso é um banco para o visitante se sentar e apreciar as obras.
Em todo caso, as artistas avisam com um recadinho bem humorado.


"En temps de crise, pas de couleur...".
Mais um recadinho bem humorado num painel composto com fotos e objetos do making off
da preparação da instalação.



As artistas: Anne Geffrelot (esq.), pintora, e Ghislaine Vernaujoux (dir.), escultora e instaladora.


Artistas têm em comum uma dificuldade: ter de colocar dinheiro do próprio bolso para produzir e mostrar sua arte. As artistas plásticas francesas Anne Geffrelot e Ghislaine Vernaujoux, afirmam que a máxima também é realidade na França. "Para estarmos aqui expondo, temos de pagar 1.200 euros", diz Ghislaine.
A dupla apresenta a exposição "Lignes et Lumières" até o dia 7 de junho na "Orangerie du Sénat". Um espaço dentro do Jardim de Luxemburgo em Paris. O local é privilegiado e tem um telhado de vidro que deixa passar a luz da primavera inconfundível de Paris. Por isso, nas épocas de "calor" é usado para exposições de artistas selecionados.
Em "Linhas e Luzes", as artistas trazem telas, esculturas em madeira, além de fotos e bom humor. O composto das instalações está colocado de uma maneira poética que nos dá a sensação de estarmos em uma grande mostra de arte em que vários artistas participam.
É interessante conferir a mostra e, lógico, aproveitar para passear pelo extenso e diverso Jardim de Luxemburgo. O melhor, é tudo grátis. Menos para as artistas!
Les artistes, merci pour votre contribution dans ce blog et pour votre art. C'est en se débrouillent que l'art réussira pour donner la paix à notre âmes. Merci Anne et Ghislaine.
A entrada é grátis. A mostra fica aberta das 12h às 19h30. O acesso a Orangerie é mais próximo pela Porte Férou no Jardim de Luxemburgo em Paris.
Contato com as artistas pelos sites: http://anne.geffrelot.perso.sfr.fr e www.artetsculpture.com.




quinta-feira, 28 de maio de 2009

Bolas e bolas, oras, bolas





X





É sempre divertido assistir à "coroação" dos jogadores no fim de uma copa tipo a da UEFA ontem (28/5).
O mais interessante é conferir os caras que estão lá na hora da medalha para apertar a mão dos jogadores e, eventualmente (dependendo do interesse), beijá-los. Para isso existe o Berlusconi que consolou o Cristiano Ronaldo pela derrota do Manchester Utd.
Na mesma linha de apertadores de mãos também estava o príncipe William. Com o Man Utd em segundo, talvez, quisesse dar era uma rasteirazinha nos caras do Barça.
Enquanto derrubavam o mundo na comemoração em Barcelona e em Roma (o ônus do bônus em sediar a "finale"), em Paris a vida continuava no compasso das bolas de tênis. Nada de gritarias ou pancadarias.
Olha, é muito mais chique e elegante Roland Garros do que um bando de latinos das penínsulas mais ao sul lançando ondas de pancadaria.
Podem trocar as bolas, mas, pelo jeito, os espanhóis são os favoritos. O Barça já levou e Nadal também deve levar aqui na França. E mais, é tudo da mesma panela. Hoje Nadal postou em seu site os parabéns para o time: www.rafaelnadal.com.
E depois eles vêm falar que o Messi "é o rei". E o Tevez, coitado!?
Oras, bolas. Como não sou Barça nem tênis, te vejo na próxima vitória do Benfica da Liga dos Campeões. Enquanto isso, tento seguir o compasso das bolinhas elegantes.
Je flippe pas, moi. C'est promis!
Ps. O crédito das fotos é da divulgação oficial dos respectivos campeonatos: UEFA e Roland Garros.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Cliques parisienses

Espelhos do Louvre: ideal para os narcisos.

Nike/Vitória de Samotrácia: numa das escadarias do Louvre.

A Cidade das Ciências e da Indústria. Toda criança tem de ir.


Infeliz do candidato às eleições europeias e sua publicidade no
container de doação de roupas para a Cruz Vermelha.











Primavera e cerejas!
A literatura francesa adverte: nunca coma cerejas no inverno. Não vale a pena consumir "imaturidade".





Quatro estações no mesmo dia. Tipo SP.



Multicolor. Há uma quase competição entre as prefeituras sobre quem ostenta os canteiros mais lindos.

De quarta-feira ninguém tem aula! Pena que já saí da escola.


O subsolo é todo "esburacado" perpassado pelo metropolitano.


Uma das vitrines da Louis Vitton nos Campos Elíseos em janeiro.



O centro das galerias Lafayette dedicado à maquiagem e moda.

sábado, 23 de maio de 2009

Dame de Fer





Mesmo com 120 anos, ela não deixa de se vestir bela. Todas as noites lá pelas 10h apresenta suas coleções de luzes. Cada estação traz novidade.
No aniversário deste ano é amarelo do topo ao chão.
Antes disso, uma apresentação que interage com os milhares que ficam no Campo de Marte à espera. Às primeiras piscadas uma ovação unânime "UAU!", palmas, milhares de flashes. A cena repete-se diariamente e há quem não se canse de ver.
Já quiseram desmontá-la, mas o monumento rende muito aos bolsos locais e aos olhos de quem vai ver. O engenheiro da torre foi Gustave Eiffel, por isso o nome. É o mesmo que assinou a estrutura da Estátua da Liberdade. Presente da França para os EUA.

Dica: Alguns leitores têm me pedido dica turística. Sugiro um piquenique no gramado do Campo de Marte durante o entardecer/escurecer. Na primavera esse processo vai até às 22h30, quando fica tudo escuro. Para economizar, faça compras em supermercados. Há alguns na vizinhança. Para a conta sair mais barata (se é que isso é possível em Paris. Tanto que, ao invés de barato, usam o termo moins cher, ou seja, menos caro, imaginem!) compre produtos da marca do supermercado em questão.
Leve um lençol ou grande toalha para estender na grama. Blusa de frio, um lenço para o pescoço e sapato fechado nos pés, pois fica friozinho depois que escurece nessa época. Para os mais boêmios, vale levar vinho e violão. Aí, dependendo, pode-se excluir a blusa de frio...rs.
Para chegar lá de metrô, desça na estação Bir- Hakeim da linha 6 (verde). De RER (o trem urbano), desça na estação Champs de Mars-Tour Eiffel da linha C (marrom). Quando desembarcar, olhe para o alto que você vai chegar lá.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

"Mijemos no chuveiro"

Original a campanha para a preservação do meio ambiente: "xixi no banho"! Uma vezinha de pipi no box é igual a uma economia de 12 litros de água. Nem temos a noção de quanta água desperdiçamos quando apertamos forte a descarga nossa de cada dia.
A ideia é da ONG SOS Mata Atlântica cuja campanha será lançada essa semana em São Paulo. Segundo os idealizadores, o "xixi no banho" é uma forma bem humorada para tratar o tema e chamar a atenção.
Todo mundo poderia aderir! Seria lindo se ideias simples assim (nojenta para os nojentos) se alastrassem mundo afora. No Brasil a campanha pega. Afinal, o povo toma trezentos banhos por dia. Meio incoerente, mas...mijemos no chuveiro, minha gente! Não dá nada. Está comprovado. A urina só tem sais/ácidos de que não precisamos. (Se algum entendido puder fazer um comentário esclarecendo. Obrigada).
Na França, por exemplo, apesar de difundida a ideia da sustentabilidade/preservação o povo não toma muito banho de chuveiro. Mas, lavam-se! Bom, é mais aquela coisa que conhecemos por checa, theca, seja lá como se escreva. Não que eu acompanhe os franceses em seus lavatórios para ver como se procede a lavação, mas, de chuveiro, banheira, segundo eles mesmos contam, é só algumas poucas vezes na semana. Nesses casos, seria preciso adaptar a campanha.
Ps 1. Toilette em francês quer dizer privada.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

"Animal Farm" à Paris





"Quem anda de transporte público tem história pra contar", repete a Mariel(www.embrenhada.blogspot.com). Dou-lhe muita razão quando vejo a arca de Noé que tem sido o metro de Paris. Cães, gatos e, acreditem, galinhas passam por lá. Meu vizinho foi um dos que carregou galinha no metro para montar seu galinheiro da primavera.
Os donos podem não dar muito nas vistas, mas, os bichinhos desenganados são levados dentro de sacolas que variam conforme o formato do animal. Devem se perguntar onde estão, pobres bichos.
Fim de semana passado, na linha 8 (lilás) ouvia um gato a miar constantemente, mas nada de enxergá-lo. Tava dentro de uma sacola toda colorida... pelo menos, era dela que vinha o miado próximo de mim.
Pelo jeito, não é proibido levar bestas em formato de animais domésticos no metro. Se passarem todos os sacos, sacolas, mochilas em um raio-x, é capaz de encontrarem cobra, barata, hamster. Sem contar os ninhos de rato que é o subsolo.
Isso dos cães, minha gente, não é só no metro. Aliás, é pela cidade toda. É Napoleão no céu e os caninos na terra. Não tenho nada contra eles, mas recomendo cuidado dobrado na hora de percorrer um mero quarteirão. Não olhe para o céu, não aprecie edifícios, monumentos enquanto anda. Pode haver surpresas melequentas e mal cheirosas pelas calçadas. Quando não é isso, um gato gordo te espia pelo caminho.
Nunca vi tanto gato gordo na vida. Eles são muito balofos. Ouvi dizer que é porque são castrados. Já acho que seja porque são muito mimados, comem tudo e mais um pouco que a "maman" lhes dá...
Enfim, em pouco tempo virão os porcos e George Orwell terá que entrar num acordo com Noé. Quem sabe até lá os homens não dão mais valor aos homens...

domingo, 3 de maio de 2009

Louvre (1º domingo do mês!)


Longa fila, mas rápido fluxo: é grátis.


Cordão de isolamento em frente ao quadro da jocosa Gioconda.





Alto lá quando tiver a chance de visitar o Louvre no primeiro domingo do mês. É grátis, sim! Uma economia de 9 euros, quase R$ 27. É bom, sim senhore!

Mas, se você for um daqueles que sofrem de agorafobia ou coisa parecida, é melhor saber que nas salas e pavilhões do museu ficam/passam umas 500 pessoas por metro quadrado no primeiro domingo de cada mês - a organização do Louvre não confirma o número.

Em tempos de gripe A (a dos porcos só transmitida por humanos!), faz bem colocar a máscara. Em todo caso, é taaanta gente que a apreciação das obras fica capenga. Não se consegue muito curtir aquela arte lendária mostrada em todos os livros do mundo.

Quando você acha que encontrou um cantinho para apreciar o quadro, chineses errantes passam na sua frente com câmeras modernosas a filmar, fotografar sei lá o quê. O curioso é que eles miram para lugares estranhos. Respeito, mas é nonsense. Tinha um lá que levou aquele chaveirinho de pelúcia e o colocou no plano da imagem. De certo vai postar naquele blog "Teddy no Louvre", "Teddy no vigésimo quadro da batalha de Napoleão", "Teddy no banheiro do Louvre"... como é mesmo o nome desse bichinho mala? Convenhamos, chineses, coreanos, japoneses, franceses, italianos podem fazer a foto que quiserem, como quiserem, mas, por favor, não passem na minha frente, mesmo com a lotação máxima da casa. Também gosto de fazer fotos, mas sem estragar a de ninguém.

Além de tudo isso, se quiser ver a atração principal - La Gioconda (Monalisa) - com seus míseros 77 X 53 cm, é preciso estar disposto a levar cotoveladas, pisões, empurrões tudo com tempo cronometrado.

É uma epopeia tentar percorrer e consumir o Louvre em dia grátis. Mesmo assim, vale a pena! É pena que, no meio de tantos milhares, não ouvi nenhum brasileiro - e olha que tenho a orelha afiada para esses sons maternais. Será que o brasileiro que visita Paris prefere deixar para ir ao Louvre em dias que se paga!?

Por favor, se você brasileiro esteve no Louvre no dia 3 de maio de 2009 ou sabe de algum brasileiro que o tenha feito, avise-me, pois não quero ser injusta ou generalista com o comentário.

De qualquer forma, fica a dica. Antes de visitar um museu, procure saber qual o dia grátis, com desconto...tipo quarta no cinema. Faz bem para a alma, apesar dos pisões.


Ps. O Musée d'Orsay, outro importante de Paris, também tem a mesma condição de gratuidade todo primeiro domingo de cada mês. Dica do Matheus Calache. Só tem leitores viajados aqui nesse blog. Oh, blz! Por favor, quem souber de mais museus com boas condições para o bolso, registre aqui. Vale citar qualquer bom museu do mundo.