Super atual

A televisão francesa realmente consegue dar notícias/fatos super atuais. É quase tempo real, minha gente.
Imaginem vocês que hoje, só hoje (!), comentaram sobre a campanha do xixi no banho, publicada nessa blog em 18 de maio ("Mijemos no chuveiro") e lançada em junho em São Paulo. Os paulistas nem se lembram mais disso.
Entre outras, um canal de notícias francês deu uma nota coberta há um mês falando do "caminhão que tombou" em Sertãozinho (SP). Era o trio elétrico onde estavam os torcedores dos touro dos canavaias e colegas da imprensa local. É recorde de agilidade jornalística.
É interessante comparar a(s) imprensa(s) e analisar a qualidade dos meios eletrônicos e impressos de um país e outro. Lógico que nenhuma análise se dá com duas notícias. Mesmo assim, fica o relato da "atualidade" e o cozido mundial que preparam por aqui.

Brasil: país da moda

Se o Brasil é o país do futuro, não sei. Mas que está na moda em Paris, está. E tenho a impressão de que não é de hoje.

Havaianas, bandeiras do Brasil, camisas da seleção canarinho, reportagens mil sobre a nossa terra, L'Occitane com coleção à la Brasil, caipirinha, franceses querendo aprender (falando) o português dos brasileiros com sotaque, termos e incorreções gramaticais.

Dá muito orgulho, sim (não das incorreções), mas gostaria de entender de onde vem tal fissura. Lancemos uma enquete antro-sociológica. E que, independente de qual sejam os motivos, que isso nos renda dividendos positivos.

Enquanto isso, continuo na moda com as minhas velhas havaianas.

"Depois do 5, o 6"

Criar um perfume, mesmo em Paris, não é uma tarefa, digamos, muito prosaica. Chega a ser mais complexa do que possamos imaginar. É um trabalho que envolve uma dezena de empresas diferentes ou mais. Cada uma responsável por um detalhe, além, lógico, do criador da água cheirosa.

No caso desse post, falo da criadora do "6", Ida Delam. Admiradora mais do que assumida de Coco Chanel e usuária há 20 anos do Chanel 5, ela lança seu perfume "6"em setembro. Para o batismo, nada mais óbvio, "depois do 5, o 6. É uma evidência".

Em uma criação tão cheia de significados Ida contou ao Info Compartilhada a história do "6". "Foi o encontro com o perfumer Fabrice Olivieri. Graças a ele que meu perfume nasceu".

Mas não é só. O "6" vem do repertório da criadora que se mistura com o mundo da beleza e do luxo parisiense. Segundo Ida, desde os oito anos sabia que trabalharia nesse universo e sonhava em lançar um perfume. "É a realização de um sonho de pequenina e de muito trabalho". Como diz o slogan do perfume "folle ivresse, doux rêve!" (embriaguez louca, doce sonho). Os amantes de ópera já sacaram que a frase é do excerto "Je crois entendre encore" de "Os pescadores de pérolas" de Georges Bizet.

Criar um perfume é criar uma obra. A concepção de uma boa ideia agregada a história, cultura e trabalho. Mesmo com o sonho realizado, Ida diz não parar. "O mais importante é continuar a trabalhar e, mais ainda, não dormir sobre os louros".

Mais informações: http://www.idadelam.com/

Ps. Se repararem na foto, o frasco único-oficial do lançamento do perfume já está pela metade. Em exclusividade, Ida fez questão de que experimentássemos borrifadas do "6". Ele é feito à base da resina das árvores de mirra do Oriente Médio, além de um toque sutil de baunilha e alguns segredos que ficaram longe da imprensa.

Agosto: dolce far niente

Ė chegado o mês do dolce far niente na Europa.
Não que eu vá ficar de papo para o ar, ao contrário. Mesmo assim, todo estabelecimento que se "preze" fecha as portas e coloca um recadinho amável dizendo que volta lá para setembro. Anda-se muito para se chegar num lugar... fechado. Tão agradável. Irk. Pelo menos, espero, nenhum cachorro louco me pegue.
Enfim, vou pegar leve na crítica antes que falem algo sobre fevereiro no Brasil.