domingo, 16 de março de 2008

Pen pal

"a person with whom one keeps up an exchange of letters,
usually someone so far away that a personal meeting is unlikely"

in Dictionary.com
A espanhola Trinidad é beijada pela pen pal brasileira Elisabete

Elas trocam correspondências entre si há mais de 33 anos. No início, eram cartas. Hoje, e-mails. Recentemente, a definição de pen pal ou pen friend deixou de se adequar ao caso delas. Após mais de três décadas, Elisabete teve a chance de visitar Trinidad na Espanha. O itinerário: de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, para Valéncia, no litoral da Espanha.

A expectativa era grande, pois só se conheciam por fotos e textos. Nunca se deram sequer um telefonema. Mesmo assim, o conhecimento que uma mostra ter sobre a vida da outra ultrapassa seus rostos estampados nas fotos. Afinal, contaram sobre suas vidas com uma freqüência quase que mensal, cerca de 400 cartas e e-mails trocados até hoje.
Hoje, a brasileira é empresária, tem três filhos e dois netos . A espanhola é freira e diretora de um colégio católico, onde mora junto com mais quatro religiosas.
Um fim de semana para se conhecer pessoalmente e, segundo elas, comprovarem detalhes que só a presença física pode confirmar. Por exemplo, o tom da voz, as gesticulações. "Escrevo para a Bete da minha sala durante o intervalo e almoço dos alunos. Tenho a conversa das crianças no fundo e isso embala o meu texto", relata Trinidad.
Durante a visita, enquanto colocavam as conversas em dia, emocionavam-se em um momento e outro ao recontarem fatos que lhes marcaram. Para Bete, o casamento, o nascimento dos filhos, a morte do pai. Para Trini, ser ordenada freira, ter morado na Itália. No álbum de fotos de família que Trini mostrou, algumas páginas estavam reservadas para Bete. Praticamente, quase toda a vida da brasileira está contada pelas imagens que foram sendo enviadas ao longo de três décadas.
Sobre o início das correspondências, elas contaram que forneceram seus endereços nas faculdades onde estudavam - Bete no Brasil e Trini na Espanha, no começo da década de 70 - para praticar o idioma da outra. Bete sempre escreveu em português e Trini em espanhol.
Ao fim da visita, um beijo e abraço apertado. Afirmam que dificilmente se reencontrarão, apesar dos convites. Mesmo assim, fica a promessa da troca contínua da "sagrada" correspondência.

4 comentários:

Unknown disse...

Oi Angela Pepe,

sou alemao. Gostei de seu blog,
você faz/fez jornalismo mesmo? em que area você se especializou? trabalha por acaso numa revista em Sao Paulo???

Gostaria saber se no brasil o salario de um jornalista é pouco? (em relacao a outras pprofissoes) aqui na alemanha nao ganha muito bem nao :-( a gente trabalha demais, mas... aqui, tem que ser apaixonado por essa profissao ;-)

pode apagar meu comentario - nao tinha email no seu perfil ...

abraco da alemanha,
marcopolo.abroad@yahoo.de

Anônimo disse...

Hello. This post is likeable, and your blog is very interesting, congratulations :-). I will add in my blogroll =). If possible gives a last there on my blog, it is about the TV Digital, I hope you enjoy. The address is http://tv-digital-brasil.blogspot.com. A hug.

Fabi M. disse...

Que historia linda Angela! Adorei! Por acaso a Bete é sua parente? Rs, beijos

A. Pepe disse...

Oi, Fabiana. Q bom q tenha lido.
A história é linda mesmo...
Por acaso, ela é minha mãe. Não costumo usar minha família como personagem, mas a história é boa e saudável!
bj